Fernando Machado

Réquiem para Ruth Nascimento

É com profundo pesar que a coluna informa o falecimento, sexta-feira, da senhora Ruth Nascimento. Seu velório e a cremação do Cemitério Morada da Paz aconteceram, ontem, exatamente no dia que completaria 84 anos de idade. Ruth, que nasceu em Belém, do Pará, como Honorina, era uma figura humana excelente. Daquelas pessoas que a maldade não chegou a contaminá-la. Ruth partiu e levou um pouquinho de mim.

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Ruth Nascimento num show do Women’s Club (Foto: Fernando Machado)

Ruth era uma pessoa muito presente em nossa vida. Nunca deixou de mandar uma lembrança para mim, no aniversário e no final do ano. Ela me ajudou a escrever momentos interessantes na minha vida de cronista social. Nunca abandonava os amigos, principalmente nas horas de dificuldades. Há três anos fiquei preocupado com sua ausência no meu aniversário. Um dia encontro seu filho, no supermercado, e me disse que Ruth estava muito esquecida, então pensei é o Mal de Alzheimer.

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Aqui  Ruth Nascimento numa tarde beneficente da Associação Cristã Feminina (Foto: Fernando Machado)

Fiquei triste com a notícia, aliás, muito triste, todavia entendi o porque daquele silencio. Esta coluna, fiel aos rituais dos esportes, pede um minuto de silencio, por esta partida. Ruth, era uma pessoa piedosa e muito Católica. Era uma presença constante nos nossos chás beneficentes. Ela nos enchia de força e coragem. Na verdade, Ruth começou a morrer quando perdeu seu filho Carlos Augusto no dia 28 de novembro de 2007.

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Ruth e Carlos Nascimento pelos salões do Recife (Foto: Divulgação)

A partir deste momento não participou mais dos encontros sociais. Ruth era casada com o médico Carlos Nascimento, que o conheceu no Rio de Janeiro. A última festa que promoveu foi a Bodas de Ouro de casamento, ao lado dos filhos Carlos Augusto, César Augusto e Sandra, e dos netos Bruno, José Carlos, Carlinhos, Arthur Gustavo, Pedrinho, Daniella e Neide. Temos que reverenciar uma mulher colou no açaí, um tempero chamado filantropia.

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