Fernando Machado

Vernissage de Leo Santana

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Drummond, Léo Santana e Léo Peixoto em tempo de Copacabana (Foto: Fernando Machado)

O Museu do Estado, quinta-feira, recebeu uma exposição muito bonita, intitulada Do Outro Lado do Desenho, e cujo curador é Carlos Trevi, que mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mas veio até o Recife, para prestigiar o vernissage. A mostra aconteceu no Espaço Cícero Dias, e foi dividida em dois espaços. No térreo, ficou a famosa escultura de Carlos Drummond de Andrade, cuja obra original está fincada na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. E no primeiro andar estavam 66 obras, sendo 31 esculturas de bronze, 25 desenhos e 10 aquarelas. O coquetel foi a base de aguardente, queijo de coalho e sorvetes.

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Carlos Trevi preferiu a proteção de São Sebastião (Foto: Fernando Machado)

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Andrew Melo e Heitor Falcão se dividiram entre Tiradentes e os Doadores de Órgãos (Foto: Fernando Machado)

O teto lembrava nuvens, feitas de voil, para quebrar o cinza das paredes. Seus desenhos falam, olham, movimentam-se, expressam-se como se vivos (e são) fossem. Carlos Trevi escreveu sobre ele: “Os olhos dos retratados trazem o brilho e as intenções da alma. O movimento e sensualidade dos corpos atrai os expectadores que, fascinados, parecem aguardar a possibilidade que se soltem do papel. Exímio paisagista e retratista tem na técnica do também mineiro Lorenzato, a inspiração para dar textura aos seus trabalhos de pintura. Em meio a tantas viagens para projetar e instalar suas esculturas públicas o artista se encanta com a cidade de Olinda, onde instala um segundo ateliê”.

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César Santos sentou-se ao lado de Carlos Drummond (Foto: Fernando Machado)

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Edgar Homem preferiu compor Os Amigos (Foto: Fernando Machado)

E prossegue: “Aqui, em terras pernambucanas, descobre as outras cores do Brasil e realiza o sonho de todo bom mineiro em ter o mar como vista da casa. O mar ele já tem. Só falta realizar um segundo sonho, a instalação de uma escultura em homenagem a Luiz Gonzaga, o nosso Rei do Baião. Pernambuco merece contar em seu acervo público com uma obra desse grande artista”. Leo até procurou a direção do Museu Cais do Sertão levando de baixo do braço uma maquete de Luiz Gonzaga. Saiu frustrado não se interessaram.

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Edson Menezes queria fazer parte do Encontro Marcado (Foto: Fernando Machado)

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Carlos Drummond olhando para Leo Silva (Foto: Fernando Machado)

Enquanto isso em Sergipe tem um monumento chamado Formadores de Nacionalidade, inaugurado no governo de João Alves, onde surgem esculturas de Zumbi, Tiradentes, Juscelino Kubitschek, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Hélio Pelegrino e Ulisses Guimarães. E em Alagoas também Leo Santana tem várias peças, como Graciliano Ramos, Aurelio Buarque de Holanda e no próximo mês entrega a escultura de Paulo Gracindo. Esta exposição já foi vista por 30 mil pessoas no Rio de Janeiro. No Recife a mostra ficará aberta ao publico até o dia 13 de março, quando segue para Aracaju e depois Belo Horizonte.

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A diretora do Museu Margot Monteiro e a presidente dos Amigos do Museu, Maria do Carmo Calado (Foto: Fernando Machado)

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O marchand Nelson Rossiter ficou entre dois painéis (Foto: Fernando Machado)

Detalhe importante as peças de bronze repousam em base de papelão. Como escreveu Carlos Trevi, “Seu intenso experimentar trouxe o aperfeiçoamento do escultor maduro. Suas esculturas em bronze, assim como seus desenhos, também falam, olham, expressam-se. A perfeição da sua técnica despertou o interesse de empresas, igrejas e prefeituras a encomendar obras para suas coleções, hoje espalhadas em quase todo o país”. No térreo ficou a dupla Israel de França ao violino e Daniel Bruno ao violão, arrasaram com um repertório notável. Adorei ouvir a Ave Maria de Gounot, Voltei Recife de Luiz Bandeira e Madeira que Cupim não Roí de Capiba.

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O violinista Israel de França, Leo Santana e o violonista Daniel Bruno (Foto: Fernando Machado)

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