Fernando Machado

Ser miss era um sonho

Há cinco anos, o Papa da Crônica Social de Pernambuco, e quiçá do Nordeste, Alex (1926/2015), escreveu este artigo na sua coluna, no Jornal do Commercio, devido a uma matéria escrita por Diogo Guedes, no Suplemento Cultural do Diário Oficial de Pernambuco, número 47, em 2010. Recebi muitas mensagens e telefones de solidariedade, por conta desta matéria. Como Diogo é da geração Chico Science, jamais poderia entender o que um concurso de miss representava para essa geração, e por isso deu algumas matações.

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Miss Brasil 1954 Martha Rocha, Miss Universo de 1963 Ieda Vargas e a Miss Universo de 1968 Martha Vasconcellos (Fotos: Cruzeiro e Manchete)

“Bom o comentário do caderno Pernambuco, destacando a figura do jornalista Fernando Machado como a pessoa que melhor conhece a história de um período onde a escolha de misses era uma grande atração. Ele mantém a sua paixão pela misses, digamos, o seu entusiasmo, o seu estilo dinâmico, como trabalhar e escrever bem. Em Pernambuco como no Brasil inteiro o entusiasmo pela escolha das misses era intenso e profundamente competitivo, o que talvez só acontecesse nos grandes clubes de futebol. Determinadas misses tinham a força ou beleza para provocar verdadeiras “partidas” dispostas a lutar pelas suas candidatas.

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Fernando Chateaubriand; a Miss Pernambuco de 1956, Nelbe Souza e Alex (Foto: Acervo do Blog)

Aquele velho fenômeno dedicado e exaltado em torno das figuras das misses merece até uma pesquisa ou comentários mais longos. Como eu era editor de uma coluna social, fui o coordenador de inúmeros concursos e aconselhava os “partidos” mais exaltados. Fernando Machado era o exigente executivo. Descobria moças belíssimas e passava a dar conselhos e sugestões. Era um dínamo. Um dos seus ajudantes era o jornalista Mucíolo Ferreira, porque não eram apenas simples concursos mas grandes acontecimentos sociais. Depois de eleitas as misses vitoriosas viviam dias de glória e fama.

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As misses Brasil Mundo Sonia Maria Campos (1958), Dione Oliveira (1959) e Maria Edilene Torreão de 1960 (Fotos: Acervo do Blog e Cruzeiro)

O assunto merece ser revisto, lembrado e comentado. Eu próprio pretendo escrever sobre o fenômeno do “reinado da beleza” algum dia. FERNANDO: BOM JORNALISTA: Sobre o elogio a Fernando Machado, no caderno Pernambuco, do Diário Oficial, eles agiram certo. Fernando foi o meu auxiliar no tempo da coluna social. Mas digo que ele não é apenas um “missólogo”. É um bom jornalista, sempre disposto e redige bem. Agora com o modismo de se publicar livros ele, que tem um arquivo meticuloso, daria para lançar um. Faça. (ALEX)”

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