Fernando Machado

O Zeppelin no Recife

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O Zeppelin sobrevoando a Rua da Aurora (Foto: O Cruzeiro)

Até o próximo dia 26, está em cartaz, no Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas, a exposição O Zeppelin no Recife, com projeções, fotografias e músicas da década 30 para lembrar o Recife de 85 anos atrás, quando pela primeira vez, um veículo aéreo cruzou o Atlântico vindo da Europa à América Latina. Assinam a curadoria da exposição Jobson Figueiredo, Dirceu Marroquim e Betânia Corrêa de Araújo.

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O Zeppelin sobrevoando o bairro de Santo Antônio (Foto: Acervo do Museu da Cidade do Recife)

A relação do Zeppelin com o Recife sempre foi estudada, mas ainda hoje é pouco conhecida. A cidade mantém intacta a torre de atracamento, única no Brasil, aberta à visitação no parque científico no bairro do Jiquiá. Por aqui, tripulação e passageiros desembarcavam e o dirigível era reabastecido com gás e suprimentos. O Recife passou meses se preparando para a primeira visita do Graf Zeppelin LZ 127.

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Aspecto da atracação do Zeppelin no Campo do Jiquiá (Foto: Acervo Jobson Figueiredo)

Coube ao engenheiro Manoel Marques coordenar a construção da infraestrutura: a torre de atracação e o pavilhão de 315 m², onde funcionavam sala de embarque. O prefeito à época, Francisco da Costa Maia chegou a decretar feriado municipal e a cidade vivia um clima de festa. Segundo registros em jornais, cerca de 15 mil pessoas e dois mil veículos foram até o Jiquiá presenciar a chegada do dirigível.

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O Zeppelin sobrevoando o centro do Recife (Foto: Acervo Jobson Figueiredo)

As imagens que compõem a exposição fazem parte dos acervos do Museu da Cidade e de Jobson Figueiredo. Algumas foram clicadas pelos próprios tripulantes do gigantesco dirigível durante a sua passagem pela capital pernambucana. O Graf Zeppelin tinha 236 metros de comprimento e chegou a realizar uma volta ao redor do mundo no início do século passado.

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Detalhe do desembarque dos passageiros no Campo do Jiquiá (Foto: Acervo Jobson Figueiredo)

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