Fernando Machado

A maior coleção de azulejos holandeses no Recife

O diretor-executivo da Fundação MoWIC, o holandês Willem Frederik Muller, nos fala da necessidade da salvar os azulejos holandeses, localizados no Convento de Santo Antonio, na Rua do Imperador, que estão em estado degradante. Os painéis de azulejos holandeses que decoram o claustro do convento foram descobertos em 1957, durante obras de restauro. Poucos recifenses sabem que esta descoberta é rara e valiosa e de suma importância para o Patrimônio Mundial.

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O claustro do Convento Santo Antônio (Foto: Willem Muller)

Em estudo feito por uma Missão de Peritos de Azulejos, organizada pela MoWIC em 2010, concluiu que se trata da maior e diversificada amostra de azulejos holandeses do início do século 17 já encontrada em ultramar. Os azulejos foram fabricados na oficina de Nicolaes van der Hoeve em Roterdã. Além de azulejeiro, Van der Hoeve era capitão de infantaria no Exército da Republica das Províncias Unidas (Holanda). Ele trouxe os azulejos para Brasil quando se mudou para o Recife em 1634, junto com sua companhia de infantaria. Com ele, vieram a esposa Barbara e as duas filhas.

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O presidente da MoWIC, Willem Frederik Muller (Foto: Fernando Machado)

Para se ter uma ideia do seu valor, em segundo lugar fica a da região de Nova Iorque, cidade gêmea do Recife naquela época, aonde foram encontrados também sítios históricos com azulejos holandeses em menor quantidade. Para alguns especialistas há indicações válidas para acreditar que os azulejos eram do Palácio Friburgo de Maurício de Nassau, depois da saída dos holandeses em 1654.

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Um dos azulejos de Willem Frederik Muller (Foto: Willem Muller)

Sabemos que Nassau gostava muito desse tipo de azulejos, salientou Willem Muller, que apesar do péssimo estado ainda poderão ser salvos, se houver uma Intervenção de recuperação e conservação for executado com urgência.

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Outro azulejo de Willem Frederik Muller (Foto: Willem Muller)

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